Cães, melhor não tê-los!
Cães... Cães?
Melhor não tê-los!
Mas se tê-los,
como sabê-lo?
Se não os temos,
que solidão,
quanto silêncio,
espaços em vão.
Filhos cresceram,
foram pro mundo,
casa vazia,
vida sem sal.
Resultado: Cães!
E então começa
a agitação:
latidos noturnos,
cocôs de montão.
Mascam sapatos,
rasgam sofás,
mil injeções,
milhões em ração.
Cães? Cães!
Melhor não tê-los!
Como saber
da alegre acolhida,
da ternura do olhar,
ao nos ver chegar?
Roubam chinelos,
fazem xixi pelo chão,
perturbam muito
o quarteirão.
Porém, que coisa!
Que coisa louca,
Que coisa linda
Os cães são!
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