domingo, 29 de novembro de 2009

Paulo Coelho.

"Quem tentar possuir uma flor, verá sua beleza murchando. Mas quem apenas olhar uma flor num campo, permanecerá para sempre com ela. Você nunca será minha e por isso terei você para sempre".

Colha Morangos !!!

(Roberto Shinyashiki - Palestrante e escritor)


Talvez, ao me ouvir falar em felicidade, você se pergunte se eu
não tenho problemas, se tudo dá sempre certo para mim, se nunca passei por
uma grande dificuldade que me tenha deixado marcas, como ocorre com a
maioria das pessoas. É claro que sim, sou como todo mundo. Tenho angústias,
fico estressado, as pessoas às vezes me traem, mas eu procuro comer os
morangos da vida. Um sujeito estava caindo em um barranco e se agarrou às
raízes de uma árvore. Em cima do barranco havia um urso imenso querendo
devorá-lo. O urso rosnava, mostrava os dentes, babava de ansiedade pelo
prato que tinha à sua frente. Embaixo, prontas para engolí-lo, quando
caísse, estavam nada mais nada menos do que seis onças tremendamente
famintas. Ele erguia a cabeça, olhava para cima via o urso rosnando. Quando
o urso dava uma folga, ouvia o urro das onças, próximas dos seus pés. As
onças embaixo querendo comê-lo e o urso em cima querendo devorá-lo. Em
determinado momento, ele olhou para o lado
esquerdo e viu um morango vermelho, lindo, com aquelas escamas douradas
refletindo o sol. Num esforço supremo, apoiou seu corpo, sustentado apenas
pela mão direita, e, com a esquerda, pegou o morango. Quando pôde olhá-lo
melhor, ficou inebriado com sua beleza. Então, levou o morango à boca e se
deliciou com o sabor doce e suculento. Foi um prazer supremo comer aquele
morango tão gostoso.
Deu para entender?

Talvez você me pergunte: "Mas, e o urso?"
Dane-se o urso e coma o morango!
"E as onças?"
Azar das onças, coma o morango! Se ele não desistir, as onças ou o urso
desistirão...
Às vezes, você está em sua casa no final de semana, com seus filhos e
amigos, comendo um churrasco. Percebendo seu mau humor, sua esposa ou seu
marido lhe diz: "Meu bem, relaxe e aproveite o Domingo!"
E você, chateado, responde: "Como posso curtir o Domingo se amanhã vai ter
um monte de ursos querendo me pegar na empresa?"
Relaxe e viva um dia por vez: coma o morango.

Problemas acontecem na vida de todos nós, até o último suspiro.
Sempre existirão ursos querendo comer nossas cabeças e onças a arrancar
nossos pés. Isso faz parte da vida e é importante que saibamos viver dentro
desse cenário. Mas nós precisamos saber comer os morangos, sempre. A gente
não pode deixar de comê-los só porque existem ursos e onças.

Você pode argumentar: "Eu tenho muitos problemas para resolver."
Problemas não impedem ninguém de ser feliz.
O fato de ter que conviver com chatos não é motivo para você deixar de
gostar de seu trabalho. O fato de sua mulher estar com tensão pré-menstrual
ou seu marido irritado com o dia-a-dia não os impede de tomar sorvete
juntos. O fato de seu filho ir mal na escola não é razão para não dar um
passeio pelo campo.
Coma o morango, não deixe que ele escape. Poderá não haver outra
oportunidade de experimentar algo tão saboroso. Saboreie os bons momentos.
Sempre existirão ursos, onças e morangos. Eles fazem parte da vida. Mas o
importante é saber aproveitar o morango. Coma o morango quando ele aparecer.
Não deixe para depois. O melhor momento para ser feliz é agora. O futuro é
uma ilusão que sempre será diferente do que imaginamos. As pessoas vêem o
sucesso como uma miragem. Como aquela história da cenoura pendurada na
frente do burro que nunca a alcança. As pessoas visualizam metas e, quando
as realizam, descobrem que elas não trouxeram felicidade. Então, continuam
avançando e inventam outras metas que também não as tornam felizes. Vivem
esperando o dia em que alcançarão algo que as deixará felizes. Elas esquecem
que a felicidade é construída todos os dias. Lembre-se: A felicidade não é
algo que você vai conquistar fora de você...

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Lindo...Adorei...



Velho companheiro
Que saudade de você
Onde está você?
Choro nesse canto a tua ausência
Teu silêncio
E a distância que se fez
Tão grande
E levou você de vez daqui
Sabe, companheiro,
Algo em mim também morreu
Desapareceu
Junto com você
E hoje esse meu peito mutilado
Bate assim descompassado
Que saudade de você

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

O amor não acaba, nós é que mudamos.

Um homem e uma mulher vivem uma intensa relação de amor, e depois de alguns anos se separam, cada um vai em busca do próprio caminho, saem do raio de visão um do outro. Que fim levou aquele sentimento? O amor realmente acaba?

O que acaba são algumas de nossas expectativas e desejos, que são subtituídos por outros no decorrer da vida. As pessoas não mudam na sua essência, mas mudam muito de sonhos, mudam de pontos de vista e de necessidades, principalmente de necessidades. O amor costuma ser amoldado à nossa carência de envolvimento afetivo, porém essa carência não é estática, ela se modifica à medida que vamos tendo novas experiências, à medida que vamos aprendendo com as dores, com os remorsos e com nossos erros todos. O amor se mantém o mesmo apenas para aqueles que se mantém os mesmos.

Se nada muda dentro de você, o amor que você sente, ou que você sofre, também não muda. Amores eternos só existem para dois grupos de pessoas. O primeiro é formado por aqueles que se recusam a experimentar a vida, para aqueles que não querem investigar mais nada sobre si mesmo, estão contentes com o que estabeleceram como verdade numa determinada época e seguem com esta verdade até os 120 anos. O outro grupo é o dos sortudos: aqueles que amam alguém, e mesmo tendo evoluído com o tempo, descobrem que o parceiro também evoluiu, e essa evolução se deu com a mesma intensidade e seguiu na mesma direção. Sendo assim, conseguem renovar o amor, pois a renovação particular de cada um foi tão parecida que não gerou conflito.

O amor não acaba. O amor apenas sai do centro das nossas atenções. O tempo desenvolve nossas defesas, nos oferece outras possibilidades e a gente avança porque é da natureza humana avançar. Não é o sentimento que se esgota, somos nós que ficamos esgotados de sofrer, ou esgotados de esperar, ou esgotados da mesmice. Paixão termina, amor não. Amor é aquilo que a gente deixa ocupar todos os nossos espaços, enquanto for bem-vindo, e que transferimos para o quartinho dos fundos quando não funciona mais, mas que nunca expulsamos definitivamente de casa.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Vampiros...

Eu não acredito em gnomos ou duendes, mas vampiros existem. Fique ligado, eles podem estar numa sala de bate-papo virtual, no balcão de um bar, no estacionamento de um shopping. Vampiros e vampiras aproximam-se com uma conversa fiada, pedem seu telefone, ligam no outro dia, convidam para um cinema. Quando você menos espera, está entregando a eles seu rico pescocinho e mais. Este “mais” você vai acabar descobrindo o que é com o tempo.

Vampiros tratam você muito bem, têm muita cultura, presença de espírito e conhecimento da vida. Você fica certo que conheceu uma pessoa especial. Custa a se dar conta de que eles são vampiros, parecem gente. Até que começam a sugar você. Sugam todinho o seu amor, sugam sua confiança, sugam sua tolerância, sugam sua fé, sugam seu tempo, sugam suas ilusões. Vampiros deixam você murchinha, chupam até a última gota. Um belo dia você descobre que nunca recebeu nada em troca, que amou pelos dois, que foi sempre um ombro amigo, que sempre esteve à disposição, e sofreu tão solitariamente que hoje se encontra aí, mais carniça do que carne.

Esta é uma historinha de terror que se repete ano após ano, por séculos. Relações vampirescas: o morcegão surge com uma carinha de fome e cansaço, como se não tivesse dormido a noite toda, e você se oferece para uma conversa, um abraço, uma força. Aí ele se revitaliza e bate as asinhas. Acontece em São Paulo, Manaus, Recife, Florianópolis, New York, em todo lugar, não só na Transilvânia. E ocorre também entre amigos, entre colegas de trabalho, entre familiares, não só nas relações de amor.

Doe sangue para hospitais. Dê seu sangue por um projeto de vida, por um sonho. Mas não doe para aqueles que sempre, sempre, sempre vão lhe pedir mais e lhe retribuir jamais.