sábado, 30 de maio de 2009

Celular na mão de bêbado é arma

*** Amei esse texto, estou postando em minha própria homenagem, puta merda, eu sempre faço isso, alias fiz ontem, que raiva, quem sabe um dia eu aprendo assim como a Julia)

O título deste texto é o nome de uma comunidade no orkut com 550 integrantes. Eu não sei porque todo bêbado acha que o ex-namorado (a), caso ou amizade colorida vai querer ouvir sua brilhante voz arrastada ou o que você tem a dizer quando já está fora de suas perfeitas faculdades mentais.
Li na revista ‘Quem’ que Leonardo de Caprio tomou uns drinks a mais e ligou para a ex Gisele Bundchen. Queria apenas ouvir a voz da moça. Quem disse que o outro do lado de lá quer ouvir a sua voz? Quem disse que a outra pessoa quer ouvir o quanto você ainda gosta dela?
Eu adoraria que inventassem um dispositivo para desligar o celular assim que ele identificasse um bêbado. Algo do gênero bafômetro do celular. Essa sim seria uma grande invenção do homem, ultrapassando a invenção da roda. Além disso, aos bêbados não seria dada a prerrogativa de falar com quem não estivesse alterado também.
Claro que já liguei bêbada para ex. Claro que já falei bobagem para algum coitado que dormia e foi subitamente acordado no meio da noite. Claro que já não lembrei de uma palavra do que tinha falado no dia seguinte ao acordar. Você já fez isso alguma vez?
Nessas horas não tem nenhum amigo por perto para te impedir de falar ou ainda, se estiver por perto, vai “deixar” você falar com o dito cujo do passado e no dia seguinte também não vai lembrar de nada para te contar. Amnésia alcoólica é o nome disso.
Eu odiava acordar e correr para o celular pensando: “Caramba, será que ontem eu liguei para alguém que não devia?” “Ah, não liguei. Ufa! Mas posso ter mandado recado de texto…” Um terror pensar tudo isso ao abrir os olhos. O corpo desidratado, a dor de cabeça, a boca seca, a palpitação do coração. Muita coisa para coordenar e ainda pensar em ressaca moral.
Hoje em dia me parece que aprendi a lição: Não, eu não ligo para ex quando bebo. Para amigos, sim. Ex, não mais. Desligo o telefone ou torço para a bateria acabar. A gente nunca sabe quando a saudade pode apertar ou a dose de bebida ir além do que seria o suficiente. Nessas horas teria apenas um nome a dar para a situação: reincidência.
http://relationchip.com.br/colunacriativa/2008/04/19/celular-na-mao-de-bebado-e-arma/

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